A partir daí, seu trabalho começou a ganhar formas e cores inspiradas em particularidades da cultura popular e folclórica, resultando em luminárias, cúpulas e arandelas que misturam fibras naturais a estruturas confeccionadas em materiais mais elaborados.
A linguagem indígena é utilizada no trançado de algumas peças, bem como a infantil, como por exemplo, de brincadeiras como a de ‘soltar arraia’ com palito de coqueiro coberto por papel, impulsionado pelo vento.
A forte influência da estética local das casas sertanejas delimitadas por cercas e paredes indígenas e estruturadas por troncos de madeira revestidos por palha, também aparece nos materiais utilizados por Armênia, que variam entre diversos elementos naturais do Estado do Ceará como palito e ‘tecido’ de coqueiro, fio de algodão, cipó, ou de regiões vizinhas como junco, vime e apuí.
A rusticidade das fibras se mistura a materiais estruturais mais arrojados, como madeira, inox, ferro e arame galvanizado, dando origem a peças exclusivas, extremamente requintadas, comercializadas dentro e fora do Brasil, como em Portugal, na França e na Itália.
Com esse trabalho, Armênia também pôde viajar pelo interior do país e repassar seu conhecimento em cursos com o intuito de ensinar atividades que contribuíssem para a geração de renda à população de cada local.
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